1. Os espanhóis estão também entre os países que menos sabem sobre a microbiota, tal como os franceses, os americanos e, em menor grau, os portugueses.
Assim, apenas uma minoria de espanhóis sabe exatamente o que significam os termos “disbiose” (apenas 6% contra 10% globalmente), “probiótico” (38% face 43% a nível geral).
2. Os seus conhecimentos sobre os diferentes comportamentos a adotar para preservar o equilíbrio da sua microbiota são medíocres...
mas mesmo assim superiores à média dos outros países (4,2/7 contra 4/7 no total). No entanto, não os aplicam de facto, e são dos que dizem ter adotado menos comportamentos para manter a sua microbiota o mais equilibrada possível (54% contra 57% a nível global).
3. Os espanhóis raramente estabelecem a relação entre determinados problemas de saúde e a sua microbiota.
De entre os 8 problemas clínicos testados, há apenas um para o qual a maioria dos espanhóis que dele sofrem estabelecem a existência de ligação com a microbiota. Trata-se do caso da diarreia associada a antibióticos (53%). Para todos os outros problemas de saúde, a maioria dos espanhóis nunca faz a ligação com a sua microbiota. É este o caso das infeções urogenitais (40%), dos episódios de problemas intestinais (46%), das perturbações do aparelho digestivo (44%) e das gastroenterites (apenas 34% das pessoas fazem essa ligação).
4. Sobretudo, os espanhóis raramente falam neste assunto com os profissionais de saúde...
...e declaram ter muito menos probabilidades do que a média de lhes serem receitados probióticos e prebióticos pelo seu médico (36% em comparação com 46% no total), de lhes serem explicados os comportamentos corretos para manterem, na medida do possível, um bom equilíbrio da sua microbiota (33% face a 44% a nível global) ou de serem sensibilizados para a importância de preservarem, na medida do possível, o equilíbrio da sua microbiota (31% contra 42% no cômputo geral).
Em Espanha, a educação dos doentes é agora uma questão fundamental, para lhes ensinar não só o papel da microbiota, mas também os comportamentos que devem adotar para a preservar o melhor possível. Isso compete aos profissionais de saúde.
Foi realizada uma grande investigação internacional online no Panel Ipsos. Foram consultados 6,500 indivíduos, de 21 de março a 7 de abril de 2023 em 7 países: Estados Unidos, Brasil, México, França, Portugal, Espanha e China.
A recolha de informações foi realizada por amostragem por quotas, que é o plano de amostragem mais frequentemente utilizado para obter uma amostra representativa da população estudada. As variáveis de quotas foram designadas para cada país com base em:
- género
- idade
- região
- categoria socioprofissional
A população consultada compreende 48 % homens, 52 % mulheres. A idade média é de 46,9 anos. A amostra composta por 6,500 indivíduos permite uma análise cuidadosa de acordo com várias faixas etárias: 18-24 anos, 25-34 anos, 35-44 anos, 45-59 anos e 60 anos ou mais.
O questionário composto por 26 questões inclui:
- dados sociodemográficos
- avaliação dos conhecimentos sobre as microbiotas
- nível e desejo de informações dos profissionais de saúde
- identificação e adoção de comportamentos destinados a combater os desequilíbrios das microbiotas
- nível de conhecimento, informações e comportamentos das mulheres sobre a microbiota vulvovaginal
- dados de saúde