1. Os portugueses estão mais familiarizados com o termo “flora” do que com o termo “microbiota”.
Na verdade eles fazem parte daqueles que sabem menos sobre o significado preciso do termo “microbiota” (17% contra 21% no total) e foram aqueles que menos ouviram falar da “microbiota intestinal” juntamente com os americanos (45% contra 53% no total). Em contrapartida, eles têm um melhor conhecimento dos termos “flora intestinal” (69% sabem precisamente o que é contra 53% no total) e de “flora vaginal” (58% contra 40% no total) que são, aliás, verdadeiramente conhecidos.
2. Os portugueses fazem parte daqueles que têm os melhores conhecimentos sobre o papel das microbiotas…
A grande maioria sabe que o desequilíbrio das microbiotas pode ter, em certos casos, importantes consequências sobre a saúde (85% contra 75% no total), que a nossa alimentação tem consequências importantes sobre o equilíbrio da nossa microbiota (83% contra 74% no toral), que desempenha um importante papel nos mecanismos imunitários de defesa (76% contra 72% no total) ou ainda que a toma de antibióticos tem impacto nas microbiotas (72% contra 66% no total).
3. …Mas sabem pouco sobre os probióticos e prebióticos
Conhecem-nos mal, apenas 37% sabem exatamente o que são probióticos (em comparação com 43% no total e menos de 1 português em cada 6 (17%)) declara saber o que são realmente prebióticos (contra 27% no total).
4. Se a maioria dos portugueses declara ter adotado comportamentos para preservar o equilíbrio das suas microbiotas (58%) a maioria faz apenas “um pouco” (45% contra apenas 13% que dizem “muito”).
Assim, eles fazem parte daqueles que conhecem mais sobre a importância de ter uma alimentação equilibrada (89%) e uma atividade física (81%). Entretanto, eles estão entre os menos sensibilizados para a importância de consumir probióticos (51% contra 62% no total) e prebióticos (36 contra 51% no total).
5. Ao mesmo tempo, os portugueses fazem partes daqueles que partilham menos com os seus profissionais de saúde sobre este assunto.
Apenas 32% declaram já terem visto prescrição de probióticos ou prebióticos (contra 46% no total). Apenas uma minoria entre eles considera que lhes explicaram os bons comportamentos a adotar (35% contra 44% no total). Enfim, apenas 1 português em cada 4 já recebeu explicação de para que servem as microbiotas (26% contra 37% no total). Apenas 22% já foram aconselhados a testar as suas microbiotas (contra 30% no total).
Em Portugal, a educação dos pacientes é hoje um desafio essencial para lhes ensinar não apenas o papel da microbiota mas também os comportamentos a ter para as preservar da melhor forma possível. Esta educação deve passar, em parte, pelos profissionais de saúde.
Foi realizada uma grande investigação internacional online no Panel Ipsos. Foram consultados 6,500 indivíduos, de 21 de março a 7 de abril de 2023 em 7 países: Estados Unidos, Brasil, México, França, Portugal, Espanha e China.
A recolha de informações foi realizada por amostragem por quotas, que é o plano de amostragem mais frequentemente utilizado para obter uma amostra representativa da população estudada. As variáveis de quotas foram designadas para cada país com base em:
- género
- idade
- região
- categoria socioprofissional
A população consultada compreende 48 % homens, 52 % mulheres. A idade média é de 46,9 anos. A amostra composta por 6,500 indivíduos permite uma análise cuidadosa de acordo com várias faixas etárias: 18-24 anos, 25-34 anos, 35-44 anos, 45-59 anos e 60 anos ou mais.
O questionário composto por 26 questões inclui:
- dados sociodemográficos
- avaliação dos conhecimentos sobre as microbiotas
- nível e desejo de informações dos profissionais de saúde
- identificação e adoção de comportamentos destinados a combater os desequilíbrios das microbiotas
- nível de conhecimento, informações e comportamentos das mulheres sobre a microbiota vulvovaginal
- dados de saúde