Portugal 2023: conhecimentos e comportamentos sobre a microbiota Arquivos

As microbiotas são essenciais para a saúde, mas são pouco conhecidas no mundo. Os espanhóis têm um conhecimento muito limitado sobre as microbiotas e sobre os comportamentos que devem adotar para as preservar o melhor possível.

As microbiotas, essenciais para a saúde mas pouco conhecidas no mundo Os portugueses possuem conhecimentos relativamente bons sobre o papel das microbiotas mas sabem pouco sobre os probióticos: a maioria deles faz pouco para garantir o equilíbrio da sua flora intestinal.

1. Os portugueses estão mais familiarizados com o termo “flora” do que com o termo “microbiota”.

Na verdade eles fazem parte daqueles que sabem menos sobre o significado preciso do termo “microbiota” (17% contra 21% no total) e foram aqueles que menos ouviram falar da “microbiota intestinal” juntamente com os americanos (45% contra 53% no total). Em contrapartida, eles têm um melhor conhecimento dos termos “flora intestinal” (69% sabem precisamente o que é contra 53% no total) e de “flora vaginal” (58% contra 40% no total) que são, aliás, verdadeiramente conhecidos.

17%

Os portugueses são dos que menos conhecem o significado exato do termo "microbiota".

45%

 

 

Os portugueses são os que menos ouviram falar de "microbiota intestinal".

69%

 

 

 

Os portugueses estão mais familiarizados e conhecem muito bem a expressão "flora intestinal".

2. Os portugueses fazem parte daqueles que têm os melhores conhecimentos sobre o papel das microbiotas… 

A grande maioria sabe que o desequilíbrio das microbiotas pode ter, em certos casos, importantes consequências sobre a saúde (85% contra 75% no total), que a nossa alimentação tem consequências importantes sobre o equilíbrio da nossa microbiota (83% contra 74% no toral), que desempenha um importante papel nos mecanismos imunitários de defesa (76% contra 72% no total) ou ainda que a toma de antibióticos tem impacto nas microbiotas (72% contra 66% no total).

3. …Mas sabem pouco sobre os probióticos e prebióticos

Conhecem-nos mal, apenas 37% sabem exatamente o que são probióticos (em comparação com 43% no total e menos de 1 português em cada 6 (17%)) declara saber o que são realmente prebióticos (contra 27% no total).

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O que são exatamente os probióticos?

Para saber mais...

4. Se a maioria dos portugueses declara ter adotado comportamentos para preservar o equilíbrio das suas microbiotas (58%) a maioria faz apenas “um pouco” (45% contra apenas 13% que dizem “muito”). 

Assim, eles fazem parte daqueles que conhecem mais sobre a importância de ter uma alimentação equilibrada (89%) e uma atividade física (81%). Entretanto, eles estão entre os menos sensibilizados para a importância de consumir probióticos (51% contra 62% no total) e prebióticos (36 contra 51% no total).

5. Ao mesmo tempo, os portugueses fazem partes daqueles que partilham menos com os seus profissionais de saúde sobre este assunto. 

Apenas 32% declaram já terem visto prescrição de probióticos ou prebióticos (contra 46% no total). Apenas uma minoria entre eles considera que lhes explicaram os bons comportamentos a adotar (35% contra 44% no total). Enfim, apenas 1 português em cada 4 já recebeu explicação de para que servem as microbiotas (26% contra 37% no total). Apenas 22% já foram aconselhados a testar as suas microbiotas (contra 30% no total).

32%

 

Apenas 32% declaram já terem visto prescrição de probióticos ou prebióticos.

26%

Apenas 1 português em cada 4 já recebeu explicação de para que servem as microbiotas.

Em Portugal, a educação dos pacientes é hoje um desafio essencial para lhes ensinar não apenas o papel da microbiota mas também os comportamentos a ter para as preservar da melhor forma possível. Esta educação deve passar, em parte, pelos profissionais de saúde.

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Photo Observatoire: Le microbiote à chaque étape de la vie : des parents sensibilisés, des seniors peu informés

Metodologia

Foi realizada uma grande investigação internacional online no Panel Ipsos. Foram consultados 6,500 indivíduos, de 21 de março a 7 de abril de 2023 em 7 países: Estados Unidos, Brasil, México, França, Portugal, Espanha e China.

A recolha de informações foi realizada por amostragem por quotas, que é o plano de amostragem mais frequentemente utilizado para obter uma amostra representativa da população estudada. As variáveis de quotas foram designadas para cada país com base em:

  • género
  • idade
  • região
  • categoria socioprofissional

A população consultada compreende 48 % homens, 52 % mulheres. A idade média é de 46,9 anos. A amostra composta por 6,500 indivíduos permite uma análise cuidadosa de acordo com várias faixas etárias: 18-24 anos, 25-34 anos, 35-44 anos, 45-59 anos e 60 anos ou mais.

O questionário composto por 26 questões inclui:

  • dados sociodemográficos
  • avaliação dos conhecimentos sobre as microbiotas
  • nível e desejo de informações dos profissionais de saúde
  • identificação e adoção de comportamentos destinados a combater os desequilíbrios das microbiotas
  • nível de conhecimento, informações e comportamentos das mulheres sobre a microbiota vulvovaginal
  • dados de saúde
BMI-23.30