1. Os brasileiros estão entre os que adotaram os comportamentos mais específicos para cuidar da sua microbiota, mas também estão entre os que têm um nível muito baixo de conhecimentos sobre probióticos.
O Brasil é provavelmente um dos países, juntamente com o México, com o mais alto nível de educação sobre o que as pessoas precisam de saber e fazer para cuidar da sua microbiota. Na América Latina, os termos "flora intestinal" (68% no Brasil e 73% no México) e "flora vaginal" (52% no Brasil e 43% no México) são os mais conhecidos. Por outro lado, eles estão entre os países que têm o menor nível de conhecimentos sobre probióticos. Apenas 39% sabem exatamente o que são probióticos (em comparação com 43% em geral).
2. Os brasileiros são muito mais propensos do que os outros a estabelecer uma ligação entre certos problemas de saúde e a sua microbiota.
Dos 8 problemas médicos testados, há 5 que a maioria dos brasileiros associa à microbiota. É o caso, por exemplo, das gastrenterites (64%), as diarreias pós-antibióticos (64%) ou ainda as infeções urinárias (60%).
3. Cerca de 1 brasileiro em 2 (49%) já recebeu do seu profissional de saúde explicação sobre os comportamentos corretos a adotar para manter uma microbiota equilibrada (em comparação com 44% em geral).
No entanto, estão menos bem informados sobre os efeitos negativos dos antibióticos na sua microbiota. Apenas 1 em cada 3 brasileiros recebeu conselhos sobre como minimizar o impacto negativo dos antibióticos na sua microbiota (32%) ou foi informado de que a toma de antibióticos pode ter um impacto negativo no equilíbrio da sua microbiota (32%). As informações fornecidas pelos médicos aquando da prescrição de antibióticos ilustram claramente até que ponto ainda é insuficiente a sensibilização dos pacientes brasileiros para os riscos do tratamento em termos de desequilíbrio da microbiota.
Juntamente com os chineses (64%), os brasileiros estão entre os que mais frequentemente declaram ter adotado comportamentos específicos para preservar o equilíbrio da sua microbiota (64% contra 57% em geral).
Foi realizada uma grande investigação internacional online no Panel Ipsos. Foram consultados 6,500 indivíduos, de 21 de março a 7 de abril de 2023 em 7 países: Estados Unidos, Brasil, México, França, Portugal, Espanha e China.
A recolha de informações foi realizada por amostragem por quotas, que é o plano de amostragem mais frequentemente utilizado para obter uma amostra representativa da população estudada. As variáveis de quotas foram designadas para cada país com base em:
- género
- idade
- região
- categoria socioprofissional
A população consultada compreende 48 % homens, 52 % mulheres. A idade média é de 46,9 anos. A amostra composta por 6,500 indivíduos permite uma análise cuidadosa de acordo com várias faixas etárias: 18-24 anos, 25-34 anos, 35-44 anos, 45-59 anos e 60 anos ou mais.
O questionário composto por 26 questões inclui:
- dados sociodemográficos
- avaliação dos conhecimentos sobre as microbiotas
- nível e desejo de informações dos profissionais de saúde
- identificação e adoção de comportamentos destinados a combater os desequilíbrios das microbiotas
- nível de conhecimento, informações e comportamentos das mulheres sobre a microbiota vulvovaginal
- dados de saúde