Amortecimento da inflamação gastrointestinal atraves da nutrição
por Dr Genelle Healey
Área para o público geral
Encontre aqui o seu espaço dedicadoen_sources_title
en_sources_text_start en_sources_text_end
Capítulos
Sobre este artigo
Autores
Há várias formas de se influenciar a composição da microbiota intestinal e modular a resposta imunitária (prebióticos, probióticos, etc.).31 Uma das opções consiste em intervenções dietéticas com o potencial de alterar a atividade do sistema imunitário local, amortecendo assim o aumento do tónus inflamatório observado nessas situações - aquilo que se designa imunonutrição.32 Os imunonutrientes mais amplamente estudados incluem os ácidos gordos polinsaturados ómega 3 (n-3 PUFA), a vitamina D, a arginina, os nucleótidos e a glutamina.32
Fontes de Vitamina D:
- peixes gordos, óleo de fígado de bacalhau
- ovos, cogumelos
- alimentos fortificados: laticínios, cereais e alternativas ao leite (por exemplo, leite de soja)38
- produzida na pele em resposta à exposição à luz solar39
A vitamina D e os seus efeitos nas respostas imunitárias intestinais
Embora a função melhor caracterizada da vitamina D seja o seu papel no controlo dos níveis de cálcio e, portanto, na manutenção da saúde dos ossos, também se sabe que possui efeitos importantes nas respostas imunitárias GI. A vitamina D regula vários genes que regem a função de barreira intestinal, bem como genes que codificam peptídeos antimicrobianos, ajudando assim a manter o equilíbrio intestinal (figura 5).33 Exerce um efeito imunomodulador, incluindo a diferenciação, migração e funções anti-inflamatórias das células imunes,34 e pode agir diretamente nas células de Paneth para promover a secreção de defensina 2.35 A vitamina D também promove a diversidade da composição da microbiota intestinal, provocando o aumento da produção de butirato. O butirato pode exercer efeitos anti-inflamatórios, aumentar a função de barreira intestinal e reforçar a secreção de defensinas pelas células de Paneth (figura 5). Curiosamente, demonstrou-se que algumas bactérias probióticas (por exemplo, cepas de Lactobacillus) aumentam os níveis de vitamina D no sangue.36
FIGURA 5: Efeitos da vitamina D nas células intestinais, na microbiota intestinal e na barreira intestinal.
Adaptado de Chen J et al, 2021.37
38 Roseland JM, Phillips KM, Patterson KY, et al. Vitamin D in foods: An evolution of knowledge. Pages 41-78 in Feldman D, Pike JW, et al, eds. Vitamin D, Vol 2: Health, Disease and Therapeutics, 4th Ed. Elsevier, 2018.