Principais conclusões na diarreia
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Sobre este artigo
Publicado em
24 Julho 2024
Atualizado em
31 Julho 2024
Elevada morbilidade das diarreias infeciosas
- A diarreia mata cerca de 1,5 milhões de pessoas todos os anos.55 É a terceira causa de morte nas crianças com menos de 5 anos.1
- A maioria dos casos de diarreia aguda deve-se a agentes patogénicos infeciosos, ou seja, vírus, bactérias e parasitas. O rotavírus e a Escherichia coli são os dois agentes etiológicos mais frequentes da diarreia moderada a grave nos países de baixo nível de vida.1
Complexa interação entre os agentes infeciosos e a microbiota
- Qualquer que seja o agente etiológico da diarreia infeciosa, o resultado depende das interações complexas entre o organismo patogénico e a microbiota intestinal.
- A composição da microbiota intestinal pode determinar o resultado de uma infeção por um agente patogénico diarreico e ser um fator de proteção ou de facilitação. Por sua vez, a diversidade e a composição da microbiota intestinal podem ser gravemente alteradas pela diarreia infeciosa e o regresso a uma "microbiota saudável" pode demorar várias semanas após a resolução da diarreia.14
Percentagem significativa de casos evitáveis
- Uma parte considerável das doenças diarreicas pode ser evitada através de água potável segura e saneamento e higiene adequados.1
- A vacinação contra o rotavírus é outra estratégia preventiva importante, que a OMS recomenda que seja incluída em todos os programas nacionais de imunização e seja considerada uma prioridade56
Monitorização e tratamento dos doentes
- A maioria das diarreias infeciosas é autolimitada nos indivíduos imunocompetentes. No entanto, alguns doentes (com desidratação grave, doença de maior gravidade, febre persistente, fezes com sangue, imunossupressão, etc.) requerem uma investigação diagnóstica específica.11
- A complicação mais importante da diarreia infeciosa é a desidratação, que pode exigir uma reidratação oral ou intravenosa, dependendo do grau de desidratação.1
Estratégias orientadas para a microbiota intestinal, essenciais na prevenção e tratamento da diarreia
Tanto a Sociedade Europeia de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátricas (ESPGHAN) como a Organização Mundial de Gastroenterologia (WGO) consideram que algumas estirpes de probióticos podem ser recomendadas pelos profissionais de saúde:
- para a prevenção da diarreia associada a antibióticos;
- para o tratamento da diarreia aguda (viral) em crianças, uma vez que podem encurtar a duração da diarreia.
Vias de investigação promissoras que envolvem a microbiota
- A investigação futura deverá expandir os conhecimentos sobre o microbioma no contexto das diarreias infeciosas, por forma a melhorar a sua prevenção e tratamento.
- A otimização do perfil da microbiota para determinar os resultados infeciosos5 e melhorar a eficácia da vacina contra o rotavírus29 representa uma via de investigação promissora.
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