Observatório Internacional de Microbiotas: foco na saúde das mulheres 2024
Apenas uma em cada cinco mulheres afirma saber exatamente o que é a "microbiota vaginal"
A microbiota vaginal é essencial para a saúde da mulher. Mas qual é o grau de conhecimento que as mulheres têm sobre a microbiota vaginal? Que comportamentos adotam para a preservar? Que informações lhes são transmitidas pelos seus profissionais de saúde? Como é que o conhecimento e as atitudes em relação à microbiota vaginal evoluíram em relação ao ano passado?
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Sobre este artigo
Pelo segundo ano consecutivo, o Biocodex Microbiota Institute confiou à Ipsos a realização de um grande inquérito internacional acerca da microbiota:
O Observatório Internacional de Microbiotas. O inquérito foi realizado pela Ipsos junto de 7500 pessoas, em 11 países (França, Espanha, Portugal, Polónia, Finlândia, Marrocos, Estados Unidos, Brasil, México, China e Vietname). Em cada país, a amostra interrogada é representativa da população do país com idade superior a 18 anos em termos de sexo, idade, profissão e região. O inquérito foi realizado através da Internet, de 26 de janeiro a 26 de fevereiro de 2024.
A segunda vaga deste estudo realça mais uma vez a falta de conhecimento das mulheres sobre a microbiota vaginal, que continua a ser largamente desconhecida. No entanto, sublinha também que os conhecimentos e os comportamentos melhoraram este ano, graças a uma maior sensibilização por parte dos profissionais de saúde. Esta campanha de sensibilização deverá agora ser reforçada e alargada a todas as mulheres, em particular às mais velhas.
A microbiota vaginal ainda é pouco conhecida, apesar de o seu conhecimento ter progredido timidamente este ano
- Este ano, mais uma vez, apenas uma mulher em cada cinco afirma saber exatamente o que é a "microbiota vaginal" (22%, +2 pontos em relação a 2023, em comparação com 20% de homens e mulheres combinados). A notoriedade do termo aumentou em relação ao ano passado, mas continua a ser baixa: quase metade das mulheres continua a nunca ter ouvido falar do termo (48%, -5 pontos em relação a 2023, em comparação com 51% de homens e mulheres combinados).
- As mulheres estão mais familiarizadas com o termo "flora vaginal", mesmo que o conhecimento do termo seja superficial: apenas uma em cada duas mulheres sabe exatamente o que é (53%, em comparação com 42% de homens e mulheres combinados).
- Algum bom conhecimento de certas caraterísticas da microbiota vaginal: perto de 7 em cada 10 mulheres sabem que os antibióticos podem alterar a microbiota vaginal (69%) e que a secura/desidratação vaginal tem consequências para a microbiota vaginal (69%).
- É um conhecimento ainda demasiado baixo, mas que melhorou em relação ao ano passado: 55% das mulheres sabem que, desde a infância até à menopausa, a microbiota vaginal da mulher não fica igual (+6 pontos em relação a 2023) e 44% sabem que a vaginose bacteriana está associada a um desequilíbrio da microbiota vaginal (+8 pontos em relação a 2023).
- No entanto, o conhecimento sobre muitos aspetos da microbiota vaginal permanece muito limitado: apenas 1 em cada 2 mulheres sabe que o tabagismo tem impacto na microbiota vaginal (55%) e 3 em cada 10 mulheres sabem que a microbiota vaginal está equilibrada quando a sua diversidade bacteriana é baixa (30%; +2 pontos em relação a 2023)
Este ano, cada vez mais mulheres adotam comportamentos destinados a preservar a microbiota vaginal, ainda que persistam algumas más práticas
- A adoção de comportamentos para proteger a microbiota vaginal varia: embora uma elevada proporção de mulheres use roupa interior de algodão (86%, +2 pontos em relação a 2023), outros comportamentos benéficos são adotados em menor escala. Quase 2 em cada 3 mulheres evitam a automedicação (63%) e 3 em cada 5 utilizam uma solução de limpeza sem sabão (61%, +3 pontos em relação a 2023).
- Alguns comportamentos prejudiciais à microbiota vaginal continuam enraizados nos comportamentos: apesar de uma redução em relação ao ano passado, ainda são mais de 2 em cada 5 as mulheres que fazem duches vaginais (42%, -3 pontos em relação a 2023), e 53% as que dormem com a roupa interior vestida (+1 ponto em relação a 2023).
Maior sensibilização dos profissionais de saúde, que deve ser reforçada para responder às necessidades das mulheres
- A sensibilização feita pelos profissionais de saúde sobre a microbiota vaginal progrediu este ano: foi explicado a 43% das mulheres o que é a microbiota vaginal (+7 pontos em relação a 2023). Quase metade das mulheres foi sensibilizada para a importância de preservar o máximo possível a sua microbiota vaginal (+8 pontos em relação a 2023). Uma percentagem semelhante de mulheres afirma que um profissional de saúde já lhes explicou os comportamentos corretos que devem adotar para preservar o mais possível a microbiota vaginal (48%, +7 pontos em relação a 2023). Embora este progresso seja significativo, diz apenas respeito a uma minoria de mulheres, o que revela que existe espaço para melhorias na informação fornecida pelos profissionais de saúde sobre a microbiota vaginal.
- Tanto mais que há uma procura generalizada deste tipo de sensibilização por parte das mulheres. Das mulheres inquiridas, 88% gostariam de estar mais informadas sobre a importância da microbiota vaginal e o seu impacto na saúde (+2 pontos em relação a 2023).
2024: O que as mulheres sabem (e não sabem) sobre a sua microbiota vaginal
A idade é um fator determinante da microbiota vaginal: as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos estão menos sensibilizadas, ao contrário das pessoas com 25-34 anos e das mães jovens
Este ano, mais uma vez, as mulheres com idade igual ou superior a 60 anos são as menos informadas e as menos sensibilizadas em relação à microbiota vaginal, apesar de estarem mais expostas a problemas de saúde.
- Apenas 41% das mulheres com idade igual ou superior a 60 anos sabem o que é a microbiota vaginal, em comparação com 52% do conjunto das mulheres.
- Também não conhecem o papel e as funções da microbiota vaginal: menos de metade das mulheres com idade igual ou superior a 60 anos (49%) sabe que a vagina faz a sua autolimpeza (em comparação com 56% do conjunto das mulheres) e apenas 39% sabem que a vaginose bacteriana está associada a um desequilíbrio da microbiota vaginal (em comparação com 44% do conjunto das mulheres).
- Apesar destas lacunas, as mulheres com idade igual ou superior a 60 anos destacam-se pela adoção de alguns comportamentos destinados a manter o equilíbrio da microbiota vaginal. 3 em cada 4 mulheres evitam a automedicação (76%, em comparação com 63% do conjunto das mulheres) e 67% evitam os duches vaginais (em comparação com 58% do conjunto das mulheres). No entanto, é menor o número de mulheres que utilizam uma solução de limpeza sem sabão (56%, em comparação com 61% do conjunto das mulheres) e que dormem sem roupa interior (43%, em comparação com 47% do conjunto das mulheres).
- População com um nível de sensibilização mais baixo por parte dos profissionais de saúde: apenas um terço das mulheres com idade igual ou superior a 60 anos recebeu informações de um profissional de saúde sobre a microbiota vaginal (32%, em comparação com 43% do conjunto das mulheres).
As mulheres com idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos e as mães de crianças com menos de 3 anos parecem estar mais informadas e sensibilizadas para a microbiota vaginal.
- 62% das mulheres entre os 25 e os 34 anos e 60% das mães de crianças com menos de 3 anos sabem o que é a microbiota vaginal (em comparação com 52% do conjunto das mulheres).
- Melhor compreensão da microbiota vaginal: 69% das mulheres entre os 25 e os 34 anos e 67% das mães sabem que cada mulher tem a sua própria microbiota vaginal (em comparação com 64% do conjunto das mulheres). São também mais aquelas que sabem que a vagina faz a sua autolimpeza: 61% das mulheres entre os 25 e os 34 anos e 60% das mães estão cientes desse facto (em comparação com 56% do conjunto das mulheres).
- São também mais aquelas que adotaram comportamentos que são benéficos para a microbiota vaginal: 2 em cada 3 usam uma solução de limpeza sem sabão (67% das mulheres entre os 25 e os 34 anos e 71% das mães de crianças com menos de 3 anos, em comparação com 61% do conjunto das mulheres), e 54% dormem sem roupa interior (em comparação com 47% do conjunto das mulheres).
- 54% das mulheres entre os 25 e os 34 anos e 55% das mães de crianças com menos de 3 anos receberam informações de um profissional de saúde sobre o que é a microbiota vaginal (em comparação com 43% do conjunto das mulheres).
O Observatório Internacional de Microbiotas revelou também contrastes notáveis entre países em termos de conhecimentos, comportamentos e informações fornecidas pelos profissionais de saúde. Todos os resultados estão disponíveis no site do Biocodex Microbiota Institute.
O Observatório Internacional da Microbiota: o que é?
Sobre o Biocodex Microbiota Institute
O Biocodex Microbiota Institute é um cruzamento internacional de conhecimento dedicado às microbiotas humanas. Disponível em 7 idiomas, o Instituto dirige-se aos profissionais de saúde e ao grande público para os sensibilizar sobre o papel crucial desempenhado por este órgão na nossa saúde. A missão principal do Biocodex Microbiota Institute é de natureza educativa: promover a importância da microbiota para todos.
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